MEDICAMENTOS NA MOCHILA: EXPLORANDO O USO RACIONAL ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA
Resumo
Este estudo teve como objetivo investigar a prevalência da automedicação entre estudantes universitários, analisando os fatores associados a essa prática, os medicamentos mais utilizados, suas motivações e percepções sobre o uso. Além disso, buscou avaliar os efeitos adversos relatados e as fontes de informação utilizadas. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado com 122 estudantes da Faculdade Atenas Sete Lagoas por meio de um questionário estruturado online. Foram coletados dados sobre idade, curso, período acadêmico, uso de medicamentos sem prescrição, razões para automedicação, percepção de risco, presença de efeitos adversos, diagnóstico médico prévio, influência social e previsão de uso. Os dados foram analisados estatisticamente por frequência absoluta e relativa. A automedicação foi amplamente identificada entre os estudantes, especialmente no curso de Medicina (85,2%). Os medicamentos mais utilizados incluíram analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e ansiolíticos. A principal fonte de informação foi a internet (35,2%), seguida por familiares e amigos (28,7%). Cerca de 53,3% dos estudantes relataram sentir pressão social para o uso de medicamentos e 71,1% indicaram uso prolongado. Os achados ressaltam a vulnerabilidade dos estudantes ao uso indiscriminado de fármacos, influenciado pelo estresse acadêmico. A atuação do Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAPP) e de redes institucionais é essencial para mitigar os riscos dessa prática, promovendo suporte psicológico e campanhas educativas sobre o uso racional de medicamentos. Estratégias institucionais são fundamentais para reduzir os impactos negativos do uso indiscriminado de fármacos no ambiente acadêmico.