Os impactos da demanda reprimida no Sistema Único de Saúde e as soluções para resolução e enfrentamento do problema

Resumo

A demanda reprimida do Sistema Único de Saúde é uma situação que relaciona a quantidade de pacientes que necessitam de atendimento médico, exames ou procedimentos e recursos oferecidos, disponibilidade de profissional médico e infraestrutura adequada. Sendo então, resultado de fatores que confrontam a alta procura a especialidades médicas, escassez de profissionais e limitações financeiras, a pesquisa deve como objetivo identificar as evidências científicas disponíveis na literatura em relação aos impactos da demanda reprimida à saúde dos usuários do Sistema Único de Saúde. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, como uma técnica de pesquisa que reúne e sintetiza o conhecimento científico produzido, por meio da análise dos resultados já evidenciados em estudos de autores especializados. A questão norteadora para a elaboração da presente revisão integrativa consistiu em: “A demanda reprimida impacta à saúde dos usuários do SUS “Para realizar a seleção dos estudos, será utilizado bases de dados importantes no contexto da saúde, como LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SciELO (Scientific Electronic Library Online) e BIREME (Biblioteca Regional de Medicina). Para a busca dos estudos nas bases de dados selecionadas,  as  palavras utilizadas como descritores controlados no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) serão: demanda reprimida, Sistema único de Saúde, impacto, assistência à saúde. Realizada a busca conforme método citado, foram encontrados dez artigos científicos que atenderam à seleção da amostra previamente estabelecida. A presente revisão integrativa permitiu evidenciar que a demanda reprimida no Sistema Único de Saúde (SUS) representa um desafio estrutural de grandes proporções, refletindo a complexidade da rede de atenção e seus múltiplos entraves operacionais. Os estudos analisados apontam que essa realidade é influenciada por diversos fatores, como a insuficiência de profissionais especializados, a limitação da oferta de serviços, falhas na regulação e na integração entre os níveis de atenção, bem como deficiências no fluxo de referência e contrarreferência.