FLUXO NODAL E SITUS INVERSUS: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Autores

  • Elder Latorraca UniAtenas
  • Angela Chaves de Oliveira Garcia
  • Lucélia Rita Gaudino Caputo
  • Wellington Venâncio de Andrade

Palavras-chave:

Fluxo nodal, Situs Inversus, Discinesia ciliar primária, Síndrome de Kartagener

Resumo

Variações do situs solitus totalis, o padrão de disposição normal dos órgãos, envolvem dextrocardia, situs inversus, situs inversus totalis e situs ambiguous. Estes defeitos de lateralidade são documentados há mais de 400 anos, e uma conexão com anormalidades ciliares foi elucidada pela observação de cílios do nó primitivo, que podem promover o “fluxo nodal”, possivelmente necessário para o desenvolvimento da assimetria esquerda-direita. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão da literatura, evidenciando variações da anatomia habitual e a ligação entre fluxo nodal e padrão assimétrico normal. Realizou-se uma revisão narrativa com artigos das bases MEDLINE/PubMed, SciELO e LILACS e com livros pertinentes à temática. O desenvolvimento embrionário inicial compreende a formação da estrutura organizadora, nó primitivo, sendo seus cílios responsáveis pelo fluxo nodal, determinante em muitos vertebrados na quebra da simetria bilateral embrionária. A formação da assimetria associa-se a gradientes morfogênicos à esquerda do nó, ao modelo de dois cílios e ao mecanismo das parcelas vesiculares nodais, até resultar na organogênese. As anormalidades ciliares configuram manifestações clínicas em distúrbios como discinesia ciliar primária e síndrome de Kartagener. O fluxo nodal, de fato, é importante na padronização anatômica normal, sendo os cílios necessários para a configuração do situs solitus totalis.

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Publicado

2021-08-03

Como Citar

Latorraca, E., Chaves de Oliveira Garcia, A. ., Gaudino Caputo, L. R., & Venâncio de Andrade, W. (2021). FLUXO NODAL E SITUS INVERSUS: UMA REVISÃO DA LITERATURA. Revista Atenas Higeia, 3(2), 6–16. Recuperado de https://revistas.atenas.edu.br/higeia/article/view/114